Ao considerar um processo de soldagem automatizado, (total ou semiautomatizado), é importante considerar e comparar as vantagens e desvantagens de ambos para sua operação, e o quanto cada um pode (ou não) se integrar ao processo de soldagem estabelecido. Às vezes, decidir entre uma forma ou outra é muito simples, com base nos tipos de soldas que estão sendo executadas e, e outras vezes é uma questão de produtividade, do quanto você precisará para atingir seus objetivos.
Primeiro, vamos separar um processo automatizado completo do parcial, no contexto da soldagem:
Hard automation (ou automação fixa)
Aqui a automação é usada principalmente para processos que envolvem soldas longas e repetíveis; como um tubo ou a soldagem de uma grande viga I. Normalmente, quanto maior for o elemento a ser soldado, mais custo-benefício você verá ao usar equipamentos para este tipo de automação. Com uma viga em I de 30 pés (9 metros), por exemplo, seria mais econômico usar um trator de soldagem que pode se deslocar ao longo da peça de trabalho do que comprar todo o equipamento necessário para permitir que um robô alcance 30 pés.
Além disso, automação fixa (hard automation) é mais fácil de reequipar e ajustar para atender as necessidades de várias peças de trabalho; o que significa que você pode mudar facilmente para um trabalho diferente dentro de poucas horas. Há pouca ou nenhuma programação necessária e o nível de conhecimento é muito menor do que o primordial para operar/programar um robô. Isso também afeta diretamente o custo; menos tempo gasto na configuração e não há necessidade de contratar um programador.
Isso não quer dizer que automação fixa (hard automation) não tenha desvantagens. A maioria dos equipamentos de soldagem para este nível de automaçãoão possui o movimento e a acessibilidade que são precisos para trabalhos mais complicados e é limitada principalmente a linhas retas ou soldas rotacionais. Peças complexas (muitas curvas, ângulos e espaços apertados) exigem maior flexibilidade em relação à orientação e acessibilidade da tocha; é aqui que a automação parcial se torna o melhor caminho.
Como já mencionado, a automação flexível é usada principalmente em ambientes de produção de alto volume, que fabricam peças específicas, com apenas pequenas alterações entre elas. Geralmente, esses robôs são programados para executar uma ou duas tarefas e são recondicionados para pequenas diferenças entre as peças. Uma vez programados para executar uma tarefa, raramente será necessário reprogramá-lo. Os desafios se tornam mais uma questão de ferramentas, fixação e variação de peças.
A automação flexível também é mais rápida, consistente e precisa. Isso permite que você tenha números de produção mais altos e menos tempo de inatividade, corrigindo soldas indesejáveis. Os robôs também permitem manobras para realizar várias soldas em torno de uma peça. As fábricas automotivas são um ótimo exemplo; quando eles soldam as portas de carro juntas, a orientação da tocha precisa mudar continuamente enquanto eles trabalham ao redor da porta.
Obviamente, com automação flexível, o investimento inicial é significativamente maior. Isso se deve ao fato de que, na maioria dos casos, são necessários equipamentos de apoio para concluir o processo (manipuladores, plataformas giratórias, rotadores etc.), junto com o custo do robô. Além disso, um programador também é necessário para colocar tudo em funcionamento.
A automação fixa (hard automation) é um excelente ponto de partida para quem deseja integrar a automação em seu processo, mas reluta em investir em um sistema robotizado. Se você executa consistentemente soldas longas e repetíveis, deve considerar seriamente um sistema de automação como uma solução, e não uma medida paliativa. Além disso, as oficinas, que realizam uma variedade de projetos diferentes com esses tipos de soldas lineares, podem se beneficiar de um sistema de automação fixo que pode ser reequipado e ajustado. Ele pode reduzir o tempo de inatividade e o custo, permitir melhor qualidade do produto final e melhorar a produtividade geral.
A automação flexível provavelmente beneficiará grandes operações que fabricam peças ou produtos específicos. Os robôs podem executar essas tarefas repetitivas com extrema precisão, consistência e velocidade. O custo inicial de um sistema de automação flexível é alto, mas se ele se adequar bem ao seu processo, seus níveis de produção devem aumentar significativamente.
Às vezes, é possível integrar automação fixa e flexível em seu processo. Por exemplo, adicionando rastreamento de juntas e guias lineares motorizadas a uma coluna e boom. Isso adiciona a capacidade de um sistema de automação completo se adaptar às variações de uma peça.
Ao decidir automatizar seu processo e o tipo de equipamento certo para você, você deve considerar a complexidade da peça, o volume necessário e o tempo gasto em cada uma em comparação com o custo do investimento inicial.
No final das contas, trata-se de tornar seu processo o mais lucrativo possível.